Frozen + Cinderela, o combo Disney é garantia de sucesso e diversão

Divulgação/Disney
Assistir o mais novo live action da Disney é uma experiência. Além do longa Cinderela, o espectador também vai poder conferir o curta Frozen: Febre Congelante. O filme tem tudo para repetir o sucesso da obra original, pois investiu na fórmula que já havia dado certo. 

A forte relação entre as irmãs Elsa e Anna, na qual Elsa, apesar de ser a mais velha e possuir poderes, sempre acaba sendo cuidada pela irmã mais nova. E Olaf, o boneco de neve que fez tanto sucesso, ganha destaque, mais uma vez, acrescentando humor à história de sororidade da Disney.

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Outro personagem que recebeu destaque foi Kristoff, noivo de Anna, que nesse curta aparenta ter mais falas do que teve durante todo o primeiro filme da franquia Frozen. O curta só teve uma música, Making Today a Perfect Day, que não tem potencial para ser a nova Let It Go, mas é pano de fundo para fazer boas referências a momentos do primeiro filme. Frozen: Febre Congelante é um curta para manter a chama da franquia viva, enquanto se espera pelo próximo filme. 

Já quando o longa Cinderela começa, o espectador é imerso na linda fotografia do filme, suave e com tons vivos, lembrando uma pintura impressionista. Outro ponto essencial no filme é o cenário da casa de Ella e sua família, os temas florais espalhados pela casa e os pequenos detalhes como os carretéis de linha fazem a diferença. O imóvel reflete aconchego, amor e força, tudo que existe em abundância na família. 

Nesse live action, a Disney mais uma vez dá dimensões aos personagens, como aconteceu em Malévola. Nenhum personagem é bom só por ser, e nenhum personagem é mau porque decidiu ser. É possível notar o que motiva cada personagem e o faz ser da maneira que é. Esse é um recurso que acrescenta profundidade à narrativa, indo além da dicotomia bem x mal.

O crescimento de Lady Tremaine (Cate Blanchett) merece destaque. Ela é brilhantemente trabalhada no roteiro e executada por Cate, que transforma a Madrasta em alguém com quem é possível se relacionar. O desenvolvimento psicológico dá sentido à história e à crueldade que a personagem vem a apresentar.

O filme, com certeza, ficará marcado como o desabrochar de Lily James. A atriz, que foi parte do elenco de Downton Abbey, exibiu talento ao mostrar uma Cinderela com várias facetas - diferente da boa moça do desenho ou da menina bem humorada de Caminhos da Floresta. Aqui Ella sente raiva, desiste, é impulsiva, mas continua mantendo a coragem e a gentileza características da personagem original.

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O único defeito é que, ao tentar modernizar alguns pontos, o filme, ainda assim caiu em clichês. Depois da enfática frase de Elsa, em Frozen, sobre amor à primeira vista e casamentos apressados, dois pontos típicos dos contos de fadas; a Disney parece estar tentando correr disso e montar uma base para o relacionamento antes de um compromisso sério. Mas como é uma ideia nova, ainda precisa de alguns ajustes.

Para uma história ter final feliz, ela não precisa terminar em casamento - ainda mais um apressado. E já é hora de tirar esse estereótipo da mulher que precisa ser resgatada pelo príncipe. Durante a divulgação do filme, a atriz Lily James afirmou que Ella não seria uma donzela indefesa - e ela não é. Mas o príncipe ainda a vê dessa maneira, e tenta tomar as decisões por ela e forçá-la a aparecer. São pontos que podem, e devem, ser melhorados até o live action A Bela e A Fera.

Cinderela é um filme para toda a família, que com certeza vai se encantar com a beleza e magia da história. E, juntamente com Frozen: Febre Congelante, tem tudo para levar milhares aos cinemas e ser um sucesso de bilheteria. O curta é apenas um aquecimento para a sua sequência, e o longa é uma mostra perfeita da magia do universo Disney, capaz de recontar a mesma história diversas vezes e torná-la cada vez mais linda. 

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