Divulgação Universal |
Mas, desconfianças a parte, você tenta ter algum resquício de confiança na produção, esperança essa que é jogada no lixo em alguns minutos da trama. Primeiramente, o filme é vendido pela Universal como uma "aventura sombria", ou até além, um terror, ao contrário dos filmes estrelados pelo Brendan Fraser, que tinham uma carga cômica inegável, e divertida, claro. Mas não é o caso, o filme não sabe qual lado escolher, se o cômico ou o lado sombrio. E essa dúvida percorre toda a película, confundindo o espectador e atrapalhando a trama, sem saber o que pensar sobre o seu protagonista, e até mesmo sobre sua vilã, que horas parece ser aterrorizante, horas uma criatura risível.
Divulgação Universal |
Andres Muschietti, o primeiro diretor contratado para o projeto, teve diferenças criativas com o estúdio e abandonou a proposta. Ele queria uma versão mais sombria dos personagens, nada mais justo. Com tantos elementos de terror e horror a comédia empregada no filme parece destoar de tudo, não parece necessária, e muito menos divertida, é arbitrária.
Tom Cruise é um canastrão neste filme, não tem muito o que falar, mas existe uma crítica norte-americana que diz ser o seu pior longa. Não é, nem de longe. As mulheres reinam muto bem, Sophia Boutella, apesar dos erros da trama, brilha com sua múmia. Annabelle Wallace é cativante, e consegue segurar as pontas dessa bomba junto ao Tom Cruise. A direção estreante do Alex Kurtzman é segura, uma pena que o estúdio tomou as rédias e quis algo mais "light".
Divulgação Universal |
Vendido como sombrio, A Múmia é um péssimo começo para o Dark Universe, mas existem outras chances de concertar os erros em outros filmes, me agrada a intenção da universal em reviver todos os clássicos monstros do estúdio, mas que os faça como monstros, do jeito que realmente são, e não como uma comédia escrachada para toda a família.
Comentários
Postar um comentário