Warcraft: O primeiro encontro de dois mundos poderia ser o último
Talvez não seja tão profissional falar isso, mas minha intuição quanto a filmes adaptados de games não falhou com relação a Warcraft. Sim, pensei que ele não me agradaria. E não agradou mesmo. Por conhecer pouco esse universo, me senti perdida em meio a toda a história. Metaforicamente, fiquei ali no portal que divide os dois mundos.
O filme que tem sua estreia nacional nesta quinta (2) foi, claramente, feito para fãs do game. Uma constatação óbvia até. Mas, se a produção tivesse pensado em conquistar mais pessoas (o que mercadologicamente falando poderia render mais adeptos ao game) deveria ter investido melhor na narrativa. Em meu papel de leiga sobre este vasto universo, senti falta de aprofundamento na história dos personagens. Foi tudo raso. Afinal, são tantas figuras para serem destacadas em duas horas de filme que a narrativa por trás de cada uma delas foi deixada de lado. E, paradoxalmente, a sensação que ficou foi a de que duas horas pareciam quatro.
Mas vamos à história. O mundo de Azeroth, que me lembrou os reinos de Game of Thrones, está sob ameaça com a invasão dos Orcs. Estes estão em busca de um novo lugar para viver e tentam colonizar Azeroth, cujo reinado pertence a Llane. Ele possui um fiel guerreiro a seu lado, Lothar (personagem mais desenvolvido do longa), que vai lutar até o último minuto para proteger o seu mundo. Em paralelo, está Durotan, um orc que não concorda com a situação sob a qual está sendo governado. São dois heróis em lados opostos que lutam em busca de melhorias para os seus povos.
Soma-se a esta pequena descrição, cenas de guerra, melodrama, algumas piadas para tirar o peso da ação e reviravoltas. Pronto, isto é Warcraft. A direção é de Ducan Jones, que também escreve o roteiro ao lado de Chris Metzen e Charles Leavitt. No filme, existe uma carga de cores densas que lembram a saga O Hobbit, enquanto a trilha sonora nos remete a Mad Max. Enfim, Warcraft surge como mais uma franquia (seu final deixa aberto para sua sequência) de fantasia que não traz nada de inovador e faz-nos lembrar de outras produções existentes como as já citadas.
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