Stranger Things: a nova série promissora da Netflix



A cada dia a Netflix nos surpreende ainda mais. Na última sexta (15), estreou o novo produto original do serviço, a série thriller/sobrenatural Stranger Things. É um conteúdo curto, de oito maravilhosos episódios, que podem ser devorados em um diazinho. A história já atrai a curiosidade dos espectadores pelo trailer. Primeiramente, por ter Winona Ryder como estrela, e segundo, pelo seu roteiro envolvendo o suspense sobrenatural ambientado na década de 1980.

Stranger Things tem roteiro e elenco brilhantes. Tudo se encaixa perfeitamente na atmosfera sobrenatural e no drama familiar. A sequência inicial desperta logo a curiosidade e a tensão com uma cena na qual Will, filho de Joyce (Winona Ryder), é perseguido por uma “coisa”(daí você ´percebe o 'things' do título) e, de repente, some. A partir de então, formam-se diversos plots envolvendo o menino, o desespero da família em busca de informações, os amigos que saem em sua busca, a investigação policial, e o irmão que também sai a procura de Will.

Com vários arcos, a história acaba se encaixando ao longo dos episódios e, ao final da temporada, todos os personagens estão no mesmo barco. Outro acréscimo é a história de Eleven, que surge num cenário de mistério e medo, com respostas para o sumiço de Will, além de deixar um plot aberto para a próxima temporada, que já está confirmada pela Netflix.

Stranger Things tem muitas qualidades. Não vou me deter a todas. Mas é impossível não mencionar a homenagem aos filmes dos anos 80, como os Goonies. Além disso, é notório observar em sua direção de arte cartazes referentes a outros clássicos como Tubarão e A Morte do Demônio. É uma sacada de mestre dos irmãos Duffer (criadores da série). Outro ponto positivo, além de todo o design, é a trilha sonora. Também com clássicos da época e com um instrumental que realça a tempestade sobrenatural que envolve o thriller.

Agora precisamos falar de Winona Ryder. A atuação dela é espetacular. Adquirimos empatia pela situação na qual a sua personagem, Joyce, se encontra. Sentimos a sua angustia em seus olhos atentos e esperançosos pelo retorno do filho. As crianças do elenco também são um show à parte. A interpretação dos quatro (os amigos de Will e Eleven), é madura e nos faz dar um mergulho dentro do comportamento na infância. 


A montagem é precisa, com cortes inteligentíssimos entre ações paralelas e momentâneas. Até os créditos de abertura são ambientados nos anos 1980 e merecem destaque pelo cuidado que os criadores tiveram com essa parte. A atmosfera da série também nos fazem lembrar de Sense8, por causa de todo mistério envolvido por trás do sumiço de Will. Ficamos com a sensação de que estamos tão perdidos quanto os personagens, da mesma forma que acontece em Sense8. No entanto, diferentemente desta, Stranger Things tem um final com quase todas as peças encaixadas e plots bem definidos para a próxima temporada.

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