Doutor Estranho: como ele se tornou o melhor filme da Marvel Studios


Quando pensamos que a Marvel não vai nos surpreender, chega Doutor Estranho e quebra esse paradigma. O filme que estreou na quarta (2) é, paradoxalmente, diferente e igual aos outros longas da Marvel. E essa linha antagônica é o que faz dele a melhor obra da Marvel até o momento, posto que pertencia a Capitão América: Guerra Civil.

O longa estrelado por Benedict Cumberbatch, astro que só vem crescendo na indústria cinematográfica desde o seu papel como Sherlock na cultuada série britânica de mesmo nome, tem a direção cuidadosa de Scott Derrickson, que se apega aos detalhes e transforma o filme em algo peculiar em relação aos outros longas da Marvel Studios.

A história gira em torno do doutor (como o personagem enfatiza durante o filme) Steve Strange, um neurocirurgião egocêntrico que sofre um acidente de carro e tem o controle das mãos afetado, situação que o afastará de seu trabalho. O personagem busca uma cura a qualquer custo e vai parar na Karma-Taj, uma espécie de seita comandada pela anciã, interpretada por Tilda Swinton. 

Lá ele verá que o mundo não é da forma como ele pensa e aprenderá preceitos que o fará mudar como pessoa e o transformará no novo super-herói da Marvel nos cinemas.  É importante destacar também as atuações de Chiwetel Ejiofor, que terá um crescimento na próxima sequência, e Rachel McAdams (espero que ela tenha mais destaque também)

O filme é diferente de tudo o que você já viu na Marvel Studios por não ter longas cenas de lutas. Neste, os jogos de inteligência dão lugar às explosões que estamos acostumados a ver. Os efeitos na primeira sequência do filme deixam a desejar. A sensação é de que faltava algo a mais na finalização para dar um toque real nos efeitos computadorizados. Mas depois tudo melhora e as situações nos fazem lembrar da estética de A Origem, de Christopher Nolan.

O vilão do longa, na verdade é Dormammu, pertencente a dimensão negra, mas quem ocupa seu espaço como antagonista é Kaecilius (Mads Mikkelsen, um ator excelente que poderia ser melhor aproveitado no longa). Inclusive, nunca vou entender a maquiagem que fizeram nos olhos dele. Ficou horrível. Único ponto negativo para a direção de arte.



No mais, a história possui aquela fórmula já conhecida da Marvel Studios, com piadas e o romance. As explosões, como já dito acima, não estão com maior frequência no filme, que nos fará pensar sobre questões relativas a espaço e tempo, como nas obras de ficção científica. Ahh, é bom lembrar que os longas da Marvel, possuem duas cenas pós-créditos, sendo a primeira bem mais interessante que a última.

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