Por Josimar Correia e Maria Eduarda Barbosa
Primeiramente, falar de Batman vs Superman: A origem da justiça é destacar a renovação pela qual a DC Comics passa no Cinema. O filme, dirigido pelo veterano Zack Snyder ( O Homem de aço e 300), introduz a nova série de blockbusters baseados nos quadrinhos da editora, que prometem bater de frente com as produções da Marvel.
Snyder traz muito de sua personalidade para Batman vs Superman. A equipe de produção é composta por diretores de arte, fotografia e edição de filmes anteriores do diretor, colocando o seu tom sombrio na direção e trilha sonora, que é onipresente e, às vezes, desnecessária.
Apesar dos novos personagens inseridos, a história soa como uma continuação de O Homem de Aço, pelo destaque dado ao Superman e seus desdobramentos com Lois Lane e Lex Luthor. No entanto, o vilão funciona como uma ligação para a inserção dos novos personagens. É por causa de seus planos que surge desavenças entre Batman e Superman. O Homem de Aço daquele primeiro filme agora é uma figura julgada pela opinião pública e requisitada até para uma audiência no senado devido a desdobramentos culminados em tragédias.
Batman vs Superman: A origem da justiça inicia fazendo uma espécie de reboot da história do Batman, contando a tragédia pela qual o personagem passou com a perda da sua família ainda na infância e, caminhando, para conectá-lo ao Superman. Inicialmente, existe uma rivalidade entre os dois personagens, cujo surgimento se deu principalmente por fatos apresentados na mídia, na qual ambos eram vistos de forma dúbia, em um maniqueísmo entre vilão e mocinho.
Paralelo a isso, Lex Luthor rouba a cena com a intepretação maravilhosa de Jesse Eisenberg que deu personalidade ao vilão. O personagem possui planos e segredos para destruir o Superman e encontrar novas pessoas com dons semelhantes ao de o homem de aço. É a partir de documentos da LexCorp que Bruce descobre os novos personagens que futuramente darão origem a Liga da Justiça como Flash (Ezra Miller), Aquaman (Jason Mamoa), Cyborg (Ray Fisher) e Mulher Maravilha (Gal Gadot), cuja aparição é sutil e misteriosa inicialmente, mas a personagem mostra a que veio na luta final do filme. Aliás, pelo marketing feito em torno de a Mulher Maravilha, achamos que ela teria mais participação no filme. Resta-nos esperar pelo seu filme solo em 2017.
Batman vs Superman é um bom filme. Seu roteiro funciona mais como uma introdução dos próximos filmes da DC e conecta os acontecimentos do longa aos personagens centrais: Batman, Superman e Lex Luthor, não se transformando numa espécie de Homem-Aranha 3, por exemplo. No entanto, há cenas desnecessárias ao filme, sendo apenas minutos de entretenimento aos espectadores, como os pesadelos do Batman.
Para os fãs que relutavam em ver Ben Affleck como Batman, o ator surpreende de forma positiva, entregando uma performance sóbria e mais madura do herói de Gotham City. Henry Cavill prova que talento e beleza não andam necessariamente de mãos dadas, mas nada tão desastroso. O destaque (negativo, infelizmente), fica mesmo para Amy Adams, que passa praticamente todas a cenas do filme fazendo carão. Lois Lane é uma personagem que merecia mais destaque, assim como a própria Amy, que é uma boa atriz. Apesar da pequena aparição, Gal Gadot mostra talento e uma Mulher Maravilha com muita personalidade.
Diferentemente da Marvel, a DC não utiliza a comicidade para segurar o roteiro da produção, o que indica a seriedade e o confronto darão o tom dos próximos filmes do estúdio.
Confira as datas de lançamento dos próximos filmes da DC:
Mulher Maravilha: junho de 2017
Liga da Justiça: novembro de 2017
The Flash: março de 2018
Aquaman: julho de 2018
Liga da Justiça parte 2: junho de 2019
Cyborg: abril de 2020
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