Jurrasic World - Nostálgico, mas longe do original

Divulgação Universal
Em 1993, o diretor Steven Spielberg(ele, como sempre), fez "barulho" nos cinemas com uma ideia ousada: trazer para as telonas dinossauros com o máximo de realidade possível! E advinha? Conseguiu! Jurrasic Park foi uma das maiores bilheterias daquela ano, fez milhares de fãs pelo mundo e até hoje marca gerações inteiras. Além da ótima trama, o filme trazia uma tecnologia jamais vista em CGI para a criação dos dinossauros, junto com o avanço nos animatronics, que já eram usados há muitos anos, mas com o longa, a técnica teve incríveis revoluções.

Depois de duas sequências não muito animadoras a Universal resolveu continuar a franquia com o Blockbuster que estreia hoje nos cinemas, Jurassic World.

Em mais de duas horas de duração, Jurassic World, cumpre o que promete: introduzir aquele maravilhoso mundo aos mais novos, e resgatar um pouco da nostalgia do filme de 1993. A trama é básica, e sem spoilers(isso existe no trailer, e é óbvio que acontecerá). Um novo dinossauro é criado, e claro, ele vai escapar.

Divulgação Universal
Para os mais velhos, como eu, que viveu a experiencia de assistir Jurrasic Park em VHS por volta de 1998, o filme poderá não agradar tanto. A nostalgia de ver todo aquele mundo reconstruído é realmente empolgante, mas tudo está plastificado demais. O exagero no CGI é notável, perdeu-se um pouco da "veracidade" empregado pelos animatronics no filme de 1998. Existem os cenários físicos, mas a computação domina o longa. Uma das coisas que mais impressionava no filme de 1993 era justamente aqueles "dinossauros" enormes sendo tocados, como se fossem reais. E neste filme não vemos muito isso.


O centro das atenções fica entre Owen Grady. Aqui, Chris Pratt interpreta uma espécie de dominador/encantador de velociraptor. Ele sustenta bem a pressão de um protagonista de um grande blockbuster, mas já tínhamos essa ideia desde os Guardiões da Galáxia, mas ao contrário do filme da Marvel, Chris volta seu papel para veia dramática, e surpreende. A Doutora Claire Dearing(Bryce Dallas Howard), é a coordenadora do local. Um papel clichê, que vai do fútil(com sapatos altos entrando na selva), até a redenção da personagem. Além deles as aventuras são estendidas aos adolescentes Gray Mitchell(Ty Simpkins) e Zach Mitchell(Nick Robinson). Os meninos são competentes, mas Ty chama atenção por seu entusiasmo ao chegar ao parque, e medo nas cenas necessárias.


Em um roteiro onde existe um dinossauro fêmea extremamente inteligente, com produção executiva do diretor do filme original(Tio Steven), e cenas geradas por computação gráfica que tiram não te tiram a atenção, Jurassic World definitivamente será um dos mais lucrativos bluckbusters do ano, mas sua real qualidade é questionável para os mais velhos e amantes do original. O enredo é simples, mas essencial para introduzir esse novo mundo as novas gerações. Os protagonistas funcionam, mas o CGI exagerado é um ponto fraco, e assim, perdemos a o fator "realístico" da película.

Jurassic World funciona e encantará novas gerações, permitindo também um ar nostálgico aos mais velhos, mas infelizmente não chegará nem próximo ao original.

Divulgação Universal

Comentários

Postar um comentário