Tomorrowland não é ruim, mas também não cativa!

Divulgação Disney
Bom, para entender mais sobre esse ambicioso projeto dos estúdios Walt Disney, primeiramente temos que ir na fonte do desenvolvimento. Tomorrowland - Um lugar onde nada é Impossível é um projeto pessoal do próprio Walt Disney!

Walt sempre foi um entusiasta da tecnologia e idealizou o Experimental Prototype Community of Tomorrow (Protótipo Experimental da Comunidade do Amanhã), onde consistia numa cidade environmentally friendly (ambientalmente amigável), onde existiriam carros elétricos, e seria uma reunião entre países, que uniria especialistas em educação, saúde, tecnologia, arquitetura e outras áreas onde poderiam trocar conhecimento entre si, e assim, compartilhariam para toda comunidade. Anos depois a morte do Walt, Celebration foi feita a partir do projeto original do Walt Disney.

Com essa ideia em mente, o diretor Brad Bird (Os Incríveis), junto com o roteirista Damon Lindelof (Lost), tentaram transpor esse universo idealizado pelo Disney, mas que infelizmente, por veze, tem estética arcaica e não transparece em nada ao futuro.

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O mundo de Tomorrowland não deslumbra, e chega longe de ser fantástico. A história remete ao clichê já visto em vários filmes: A destruição do planeta pela humanidade. A protagonista, Casey Newton (Britt Robertson), é uma adolescente que ama tecnologia, e acaba sendo escolhida para "salvar" Tomorrowland. Junto a Athena (Raffey Cassidy), ela vai em busca da ajuda do já exilado Frank Walker (George Clooney) para salvar o planeta da destruição atômica.

Na história, somos apresentados a uma dimensão paralela, chamada Tomorrowland, onde aparentemente seria o ideal de futuro, uma comunidade perfeita, onde tudo é harmonioso, limpo e funcional. É ai que vem a minha maior decepção do filme: o designer escolhido para arquitetar a "Terra do Amanhã". Ele Parece ter sido tirado dos anos 50. Ao mesmo tempo que é uma "cidade do amanhã", ela se mostra ultrapassada em seus contornos, com trajes tirados diretamente de um futuro idealizado em pleno anos 50. Estamos em 2015, e toda a estética do filme é idealizada a partir de um futuro visto em filmes de mesma temática dos anos 50 e 60? Como assim? Os trajes e os gadgets(há pessoas lendo jornais holográficos!?), são totalmente ultrapassados e estranhos.

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O roteiro tenta te levar ao um lugar fantástico, e sua protagonista vem praticamente carregando o subtitulo do filme, onde existe sempre a mensagem que os jovens podem ser os salvadores do mundo. Mas isso não é suficiente para segurar o longa. Britt Robertson é uma boa protagonista, sustentando boa parte do longa. George Clooney continua muito bem nas suas atuações, mas quem realmente se destaca é o casal de crianças: Raffey Cassidy e Thomas Robinson (papel do George Clooney mais jovem), os dois estão impecáveis em seus respectivos papéis, e agradam em cheio. A decepção fica para o ator Hugh Laurie, nosso eterno House. Aqui ele interpreta David Nix, uma espécie de governador e também vilão do filme. Sabemos do talento do Hugh, mas aqui ele entrega um vilão apático e sem expressões dignas de sua carreira.

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Além da autopromoção em cima da própria Disney, Tomorrowland - Um Lugar onde nada é Possível está longe de um filme ruim, mas também não cativa com seu mundo futurístico "vestido" de anos 50. É uma boa diversão, mas não é encantador como foi vendido, e muito menos inesquecível! Como John Carter - Entre Dois Mundos em sua tentativa arriscada e extremamente cara, Tomorrowland - Um Lugar onde Nada é Impossível torna-se um grande outdoor para o espectador vislumbrar ainda mais os encantos Disney, mas sem muito sucesso.

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