Busca Implacável 3 - Sem drama, por favor!

Divulgação Fox Filmes
Busca Implacável(ou originalmente Taken), surpreendeu nas bilheterias em 2008 e tornou o ator Liam Neeson um expoente em ação e pancadaria, popularizando-o nas mais diversas produções
do gênero. Com um segundo filme lançado em 2012, mas que já não agradava o público e a crítica especializada, chega nesta quinta-feira a terceira(e, por favor) última parte da franquia.

O segundo filme tem a mesmíssima premissa do primeiro: Sequestro. No primeiro sua filha, Kim(Maggie Grace), no segundo sua ex-esposa, Lenore(Famke Janssen). Desta vez, Bryan Mills(Liam Neeson), é acusado de assassinar sua ex-esposa, e agora tentará de tudo para provar sua inocência e descobrir o verdadeiro culpado.

Mesmo o roteiro adicionando algo novo a franquia, o filme perde bastante ritmo em relação aos outros. Filmes de ação como este são desenvolvidos para determinados públicos, e é neste ponto que a produção falha lamentavelmente. A película não agradará nem ao menos o público que se destina. Com excessos de melodrama e menos ação, o filme torna-se sonolento e sem graça.

As cenas de ação colocadas no longa acabam por brincar com a inteligência do espectador, colocando o protagonista em situações, no minimo, inimagináveis. Como escapar de uma explosão dentro de um poço de elevador sem ao menos ter arranhões no rosto ou respiração ofegantes, isso em tempo recorde de milésimos de segundos. Outras situações com o "time" prejudica o filme. Tornar o personagem tão "imortal" e "à la Matrix" é um erro.

A primeira sequência de ação envolve pulos, piruetas e Parkour do dublê do Liam Neeson. Cena patética, com cortes frenéticos para disfarçar o óbvio: Liam Neeson nunca conseguiria fazer tantas acrobacias assim - muito menos seu personagem - e pra falar a verdade, nem precisaria...

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Nas cenas seguintes são desenvolvidas brigas com socos e pontapés, o que seria interessante, se não fossem pela lentidão das mesmas. As lutas são coreografadas ao ponto de torna-las enfadonhas, e sem nenhum ritmo característico de empolgação.

Liam Neeson está o mesmo de sempre, robótico.Mag Grace já não convencia como uma adolescente desde o primeiro filme da franquia, agora, no terceiro ato, ela é uma estudante universitária que continua não convencendo como tal. Forest Whitaker não trás nada para a trama com o seu detetive Frank Dotzler, e nem de longe parece o ator ganhador do Oscar.

O diretor Olivier Megaton tentou inovar com uma nova abordagem sobre a história, mas o exagero dramático e as cenas de ação impensáveis, ou até mesmo coreografadas demais, não animam o público. A verossimilhança da ação é pouco explorada, e uma franquia que poderia terminar bem, se perde em meio ao melódico e cenas de ação infundadas.

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