Uma breve análise acerca de 'The Babadook'

Reprodução/Youtube

Em tempos de produções no gênero horror que deixam a desejar, como os recentes Livrai-nos do mal e Annabelle, surge The Babadook, bom filme australiano dirigido por Jennifer Kent. Apesar de ser curto, com pouco mais de 90 minutos, a narrativa aparenta que a trama se estende mais do que o normal. O que não é algo ruim, pela complexidade dos personagens. 

A história é centrada em Amelia (Essie Davis), que sente a dor da perda do marido há anos, e cuida sozinha do filho Samuel (Noah Wiseman). O garoto de 6 anos tem constantes pesadelos com monstros, o que acaba refletindo em seu comportamento no dia a dia, com ações agressivas numa tentativa de se autoproteção. Amelia tem o costume de contar histórias para Samuel para ele dormir. Em um desses momentos, o filho pede para que ela leia o “Mister Babadook”. O livro chama atenção por seu design interior bastante assustador, além de ter uma história bem perturbadora.

Cada dia que passa, o Babadook atormenta ainda mais os pesadelos de Samuel. Num primeiro momento, o filme tem uma carga dramática psicológica intensa, tanto pelo comportamento de Samuel como o de Amelia, que tenta ajudar o filho.  Um dos méritos da atmosfera do horror psicológico são os close ups nos personagens, mostrando a angústia e dúvidas em seus rostos, além de uma trilha sonora e iluminação essenciais para o nosso envolvimento com a trama.


Essie Davis tem uma atuação bastante satisfatória, mas é Noah Wiseman que rouba as cenas. A trama segue dando forma ao Babadook. Mas não é aquele dos pesadelos de Samuel, e sim, o monstro que perturba a vida de Amelia. A partir desse momento o lado psicológico fica intenso. Não sabemos distinguir o que é real ou fantasia. Há ações que lembram cenas de filme de horror tradicional. Contudo, devemos analisar, de fato, qual é o verdadeiro monstro que atormenta Amelia. 

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