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Reprodução/Universal Pictures |
Depois do inesperado sucesso de TED(2012), Seth Macfarlane volta como diretor e roteirista em um filme ambientado no faroeste americano, onde todos morrem de mil maneiras diferentes e das formas mais bizarras possíveis.
Ao contrário do nome brasileiro, ("pegar na pistola" pros executivos do Marketing deve ter soado bem melhor do que "maneiras de morrer"), o filme brinca com o fato de ser difícil "sobreviver" no velho oeste em pleno século passado. E o filme não polpa maneiras de matar os figurantes. Seja por um confronto típico entre homens do velho oeste, ou até mesmo ser surpreendido por um touro descontrolado enquanto você vende loção para bigodes.
O filme tem um ar de "um nerd no velho oeste", uma verdadeira paródia sobre os filmes westerns, que já fizeram a cabeça do público norte americano por muitos anos, mas que hoje estão praticamente esquecidos. Todos os elementos de um faroeste estão lá: Saloons, donzelas, confrontos ao meio-dia, brigas, mortes e mais brigas. O personagem do Seth é Albert, um criador de ovelhas que mora com os pais, e acabou de ser dispensado pela garota que ama, personagem da Amanda Seyfried(Louise). Logo depois ele se envolve com Anna(Charlize Theron), esposa do grande assassino Clinch(Liam Neeson).
O filme tem várias piadas interessantes, e outras desnecessárias. A direção, roteiro e atuação do Seth é que deixam a desejar. Ele ainda tem muito o que aprender na direção e mais ainda no quesito interpretação, apesar disso, a química entre o Seth Macfarlane e a Charlize Theron é notável, eles ficam completamente a vontade um com o outro. Liam Neeson faz aquele clichê dos seus filmes de ação, e a Amanda Seyfried continua apagada, como em vários longas que interpretou recentemente. Surpresas interessantes aparecem nos coadjuvantes. Giovanni Ribisi e Neil Patrick Harris conseguem arrancar algumas risadas em seus respectivos personagens.
Seth MacFarlane é um grande Nerd oitentista que procurou unir velho oeste com contemporaneidade sem muito sucesso neste longa. O Crossover com o "De volta pro Futuro III" é um exemplo disso, mas nada que salve o filme de uma bomba. O personagem Albert é o "moderninho" em um mundo com personagens confusos de seu tempo. Alguns estão no século passado, enquanto outros, assim como o Albert, estão no século atual. Direção, roteiro e atuação não estão em comum acordo. Seth escreve bem, suas piadas funcionam na maioria do longa, mas sua interpretação, assim como sua direção, são sofríveis. Menos Seth diretor/ator, e mais Seth roteirista seriam uma ótima pedida para o próximo longa assinado por ele.
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