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Boone e Shannon |
Já faz 10 anos desde a estreia de Lost. Nunca pensei que uma década passasse assim, num piscar de olhos. Bom, pra mim faz 8 anos desde que vi pela primeira vez: sim, eu conheci a série pela TV Globo. Nunca vou esquecer a data, o fatídico 5 de Fevereiro de 2006, logo após o Fantástico. Lembro que a divulgação da série pela Globo foi pesada, e foi por isso que resolvi esperar. Logo no início fiquei de cara, o que estava diante dos meus olhos não parecia uma série de TV qualquer que passava na TV aberta, parecia mais um filme de ação, suspense e terror muito louco. Explosões, turbina de avião sugando pessoas, chuva, monstro e correria na selva, aquilo tudo acontecendo e te prendendo pelos próximos 4 anos.
Bom, Lost não parecia mesmo uma série de TV qualquer, o episódio piloto é considerado o mais caro da história da televisão, e custou para a ABC entre 10 e 14 milhões de dólares. A história, 48 pessoas caem em uma ilha após um acidente de avião e não conseguem sair de jeito nenhum do lugar. Acrescente pelo menos 1 mistério por episódio, 1 gancho chocante ao final de cada um, o triângulo amoroso que demorou para se consumare me deixou aflito, uma mitologia incrivelmente construída e desconstruída (Iniciativa Dharma) e 14 personagens centrais de diferentes nacionalidades. Esses foram só alguns dos ingredientes da fórmula de sucesso de Lost. Liderados pelo médico Jack Shephard (Matthew Fox), o grupo de 14 pessoas e mais um punhado de figurantes passaram pelas situações mais loucas da TV americana.
Bom, Lost não parecia mesmo uma série de TV qualquer, o episódio piloto é considerado o mais caro da história da televisão, e custou para a ABC entre 10 e 14 milhões de dólares. A história, 48 pessoas caem em uma ilha após um acidente de avião e não conseguem sair de jeito nenhum do lugar. Acrescente pelo menos 1 mistério por episódio, 1 gancho chocante ao final de cada um, o triângulo amoroso que demorou para se consumar
Além de toda a trama que parecia complexa para quem estivesse assistindo a algum episódio aleatório, Lost trabalhava os personagens como nenhum outro produto televisivo fazia. Os 14 personagens centrais protagonizavam pelo menos 1 episódio por temporada. A narrativa de flashbacks fazia a gente querer saber mais e mais daqueles personagens. Eu torcia muito pra que cada temporada tivesse pelo menos uns 3 flahbacks da Kate (Evangeline Lily).
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Kate Austen |
Katherine Austen, a Kate, era a badass mothafucka da série, ao lado de Sawyer (Josh Holloway). Garota problema, sempre disposta a encarar o perigo, sexy e cobiçada pelo personagem central, o Dr, Jack Shephard e por Sawyer. Lost sabia unir tudo de melhor que se pode oferecer na TV, episódios dramáticos e emocionantes com a história de vida de personagens incríveis (John Locke é o principal deles), comédia, ficção científica e uma mitologia poderosa.
Toda essa trama megalomaníaca arrastou uma legião de fãs sedentos, nerds de todo o planeta e até noveleiros. O Brasil era tão fanático pela série, que os DVD's para locação chegavam aqui antes do que qualquer outro lugar do planeta, de 15 em 15 dias e durante a exibição nos EUA, da quarta temporada até a última, Poder!!!
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Jacob e o Homem de Preto |
Lost apresentou o conflito entre o homem da fé vs. homem da ciência (leia John Locke vs. Jack Shephard), e parece que esse realmente foi também o conflito dos autores da série. [Começo de Spoilers] Em 5 temporadas, Lost produziu episódios que tinham como base a ficção científica e o sobrenatural, e a ficção científica parecia ganhar o jogo, pois até viagem no tempo aconteceu. Teorias intermináveis dominavam os fóruns do orkut, blogs e afins sobre o que era a ilha de Lost, mas a sexta e última temporada da série surpreendeu de forma negativa a maioria dos fãs. A ilha era uma metáfora religiosa mesmo, uma espécie de purgatório em que a pessoas chegavam lá literalmente perdidos para "se encontrarem", ou seja, pessoas que estavam perdidas na vida e precisavam de uma segunda chance. Tudo isso ligado por uma espécie de Deus da ilha, o imortal Jacob. E todos que caíram na ilha, eram os "escolhidos" e "candidatos" a substituir a entidade Jacob, perpetuando seu trabalho até quando fosse necessário. Paralelo a isso, uma realidade alternativa foi apresentada durante a última temporada e só foi revelado o que tudo realmente era durante o series finale, precisamente nos minutos finais, o que deixou muita gente confuso: eles estavam todos mortos na ilha, e aquilo era o inferno? A resposta é dada em uma frase muito bonita: Christian Shephard revela para Jack que o momento em que todos passaram na ilha tinha como propósito que todos se encontrassem, e na realidade paralela eles esqueceriam e seguiriam em frente. Foi um final espiritual que me faz chorar cada vez que vejo, mas a temporada como um todo foi aquém das expectativas dos fãs. [Fim dos spoilers].
Final à parte, Lost apresentou em mais de 100 episódios, histórias que prenderam, que te fizeram sofrer durante os meses de pausa entre uma temporada e outra, fizeram você conhecer a obsessão e amar personagens icônicos. Como esquecer Benjamim Linus (Michael Emerson, em uma atuação magistral interpretando um dos maiores vilões da TV), Juliet Burke (Elizabeth Mitchel) e Daniel Faraday ( Jeremy Davies)?, Hurley (Josh Holloway) e seus momentos hilários, Sun (Yunjin Kim) e Jin (Daniel Dae Kim), o casal coreano que a gente odiou e depois amou com a mesma força? E ficar confabulando sobre cada mistério, perder a vida social e tentar burlar as leis da natureza e não dormir assistindo temporadas inteiras? Desmond Hume (Henry Ian Cusick), esse era um show à parte, Rose e seu amor por Bernard, e mais uma dezena de personagens inesquecíveis. Lost fez tudo isso, e esse legado ficou para as séries que surgiram na época e posteriormente, e que agora são febre por aí.
Pra terminar, nada melhor que a abertura icônica com aquela trilha maravilhosa, aliás, a trilha sonora de Lost foi um show à parte. Abraço!
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