American Horror Story: Roanoke - Post Mortem



A mais recente temporada da antologia American Horror Story fez jus ao título da série como nenhuma outra temporada desde Asylum. Uma verdadeira história de horror americana: a lenda de Roanoke realmente faz parte da cultura estadunidense. O sexto ano da série brincou com o estilo mockumentary ( documentário falso), incorporando elemento sangrentos, e por vezes até grotescos, deixando pra trás o lado cômico dos últimos anos.

Dividida em 2 partes de cinco episódios cada, a primeira intitulada My Roanoke Nightmare trouxe de volta ao elenco principal Lily Rabe, como Shelby Miller. Lily é dona da icônica personagem Mary Eunice, que foi destaque da temporada Asylum e retornou com uma pequena participação em Freakshow. Das novidades no elenco, tivemos Cuba Gooding Jr como Matt Miller/Dominic, André Holland também como Matt Miller, Adina Porter (True Blood) como Lee Harris, e participações memoráveis de Lady Gaga e Taissa Farmiga.

O destaque com certeza vai para a história da Açougueira, interpretada magistralmente por Kathy Bates. O horror foi tão gore que atores como Wes Bentley, Dennis O’Hare e Finn Witrock apareceram irreconhecíveis. Investir no gênero mockumentary também foi um grande acerto. Diferente de filmes como Atividade Paranormal, que com roteiros fracos investem mais no suspense lento e sem grandes reviravoltas, Roanoke investiu em tramas ágeis, com bastante sangue e tripas.

Claro, nem tudo é perfeito. Tivemos a personagem de Lady Gaga por apenas 2 episódios. A bruxa da  floresta parecia ter um papel crucial na trama. Foi através dela que a Açougueira (Kathy Bates) se tornou a guardiã da colônia de Roanoke, após ser presa por contrariar os homens da época. A bruxa também foi responsável pela crise no casamento do casal Matt e Shelby, já que a entidade se relacionou sexualmente com Matt. Talvez por conta dos compromissos na música a cantora Lady Gaga perdeu espaço na trama, mas o criador da série, Ryan Murphy, garante que a personagem volta em uma temporada futura.

Ao fim da primeira parte da produção, o episódio  muda o foco e coloca todos os personagens dentro de um reality show intitulado Return to Roanoke: Three Days In Hell. Foi muito interessante acompanhar todos os personagens juntos, em mais uma reviravolta cheia de referências a filmes como Pânico na Floresta e O Massacre da Serra Elétrica. O ritmo acelerou e a pegada sangrenta foi enfatizada.

O desfecho de Roanoke pode não ter agradado a todos, mas o sexto ano de AHS é tão deliciosamente coeso e ágil provavelmente pela redução do número de episódios. Esta é a temporada mais curta, com 10 capítulos. A duração dos episódios também chegou no máximo a 40 minutos. Aquele velho ditado de que menos é mais nunca foi tão certo. Ryan Murphy e Brad Falchuck apostaram em um novo formato, repleto de metalinguagem, e sem medo, adicionaram muito sangue na trama. Estamos ansiosos para estreia do sétimo ano, que supostamente teve seu tema revelado em pequeno vídeo no twitter oficial da série logo após o season finale. Palpites? Fala pra gente nos comentários!







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