The Exorcist: a série que dá preguiça de continuar


Contém spoiler!

Quando saiu a notícia de que fariam uma série baseada no clássico O Exorcista de William Friedkin, muita gente já ficou com o pé atrás, inclusive esta que vos fala. Confesso que a única coisa que me fez ter coragem para assistir ao piloto, é o protagonismo dado a Alfonso Herrera. Particularmente, não confio em séries dramáticas de emissora aberta nos Estados Unidos, a única exceção acontece quando se trata de Shonda Rhimes, Scream Queens e histórias com super-heroínas. E com The Exorcist, a desconfiança aumentou. Sem mais delongas, vamos ao que achei do decepcionante (sim, decepcionante, porque achei que ao menos o primeiro episódio seria bom) piloto de The Exorcist...

Logo na primeira cena, percebe-se uma referência clara ao clássico de Friedkin, por causa da tonalidade e da ação do personagem. Lembra muito o pôster oficial do filme. Outra referência perceptível durante o episódio é a rotação da cabeça em um menino durante uma sessão de exorcismo. Impossível não lembrar de Linda Blair nesse momento.

Acerca das atuações, só a dos dois padres foram convincentes, mas o roteiro fraco que acaba sendo mais do mesmo não desperta minha curiosidade para continuar a assistir à série. Primeiramente, ela traz um plot clichê sobre o padre Tomás (Alfonso Herrera) sobre um antigo amor dele. Depois, a série transforma um plot twist em outro estereótipo. Todos desconfiam que a menina possuída é aquela de comportamento rebelde, mas, na verdade, é a garota boazinha que comparece à igreja.

O que seria um verdadeiro plot twist seria o pai dessas meninas sendo possuído pelo demônio. Por um momento, a série mostra que esse pode ser um caminho, mas acaba caindo no estereótipo cinematográfico que coloca sempre mulheres como as possuídas. No mais, o episódio é cheio de sustos baratos que não empolgam o espectador. Não perca o seu tempo!


Fall Season – Estamos em uma das melhores épocas para os apaixonados por séries. Ela mesma, fall season Mello. E estou tentando acompanhar alguns das novas séries que me chamaram a atenção e recomendo para vocês agora: Better Things e The Good Place. São duas comédias, sendo a primeira da FX e tendo como um dos criadores Louis C.K. Só de saber isso, a gente aposta alto na história, que mostra a vida de uma atriz que cuida sozinha de suas três filhas. O primeiro episódio arranca algumas risadas, essa vale a pena. 


Já The Good Place é protagonizada pela maravilhosa Veronica Mars Kristen Bell. Parece bobinha de início e que não terá nada convincente para prender o público, mas isso muda depois dos 10 primeiros minutos. É uma série da NBC e que traz algumas reflexões sobre comportamentos e egoísmo. Também vale a pena!


Outra série em que aposto alto é Westworld, nova queridinha da HBO, que veio para ocupar o vazio que será deixado por Game of Thrones. A estreia acontece domingo. Além disso, Easy estreou na Netflix na última quinta-feira (22), com uma pegada que lembra Master of none e Justiça (Globo), pela forma como os personagens estão conectados.

Nesta sexta (30), estreiam mais duas de peso, Luke Cage (Netflix) e Crisis in Six Scenes, de ninguém menos que Woody Allen, com Miley Cyrus no elenco e distribuição da Amazon.

Comentários

Postar um comentário