Jason Bourne mantém o fôlego da trilogia original
A franquia que marcou Matt Damon como Jason Bourne retorna aos cinemas após um hiato de 9 anos desde o último filme, "O Ultimato Bourne". Em Jason Bourne, o personagem título é confrontado mais uma vez pelo seu passado e tem que lidar com problemas maiores que nos filmes anteriores.
A personagem Nicky Parsons (Julia Stiles) retorna para expor a verdade sobre o assassinato do pai de Jason. Enquanto isso, Bourne está vivendo de forma sombria como um pugilista em lugares remotos. A trama deste quinto filme é recheada por temas atuais, com o mundo vivendo sob a ótica das mídias sociais e a ameaça de quebra de privacidade que governos podem estar envolvidos (entenda Governo Norte-Americano).
Alicia Vikander, vencedora do Oscar pelo filme "A Garota Dinamarquesa", interpreta Heather Lee, uma agente da CIA que começa um relacionamento duvidoso com Bourne.
A atriz interpreta uma de suas personagens com menos nuances. Lee sempre aparece na tela com a mesma expressão, em uma interpretação sóbria e eficiente. As motivações da personagem é que deixam um pouco a desejar. Tommy Lee Jones, também vencedor do Oscar, é o diretor da CIA Robert Dewey, sendo o principal antagonista da história. São eles que dão combustível para o personagem de Vincent Cassel, Asset, perseguir Jason Bourne.
O trunfo de Jason Bourne são as sequências de ação. Pelas lentes de Paul Greengrass, diretor do segundo e terceiro filme da trilogia original, somos levados ao caos realista em que Jason Bourne se envolve. A trama, apesar de atual, pode parecer mais do mesmo. A história é parecida com o que vemos na série indicada ao Emmy Mr. Robot. Após sair da sessão podemos nos perguntar a razão pela qual este filme foi produzido. Não temos grandes reviravoltas sobre o passado de Jason Bourne. A trama sobre vigilância nas redes sociais se sobressai. Porém acredito que a principal razão para que Jason Bourne voltasse a ativa seja o fator nostalgia.
A montagem e a fotografia merecem destaque. Apesar de câmeras nervosas não serem tão interessantes, Greengrass utiliza este recurso de maneira mais leve que o habitual e as cenas ficam bastante realistas.
Se vale a pena assistir Jason Bourne? Com certeza. O filme é diversão garantida para os amantes de filmes de ação e da franquia. O roteiro pode até não ser perfeito, mas Paul Greengrass e Matt Damon provam que é possível fazer um filme de ação com conteúdo.
Nota: 8
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