Aliança do Crime é o drama que Johnny Depp precisava

Divulgação Warner Bros.
Existem vários fatores que definem um bom ator, entre elas, seu dinamismo e interpretação em papéis extremos é uma ótima premissa para uma ótima avaliação positiva, mas e quando o ator não consegue desvinculasse de um papel tão marcante de sua carreira? 

Esse é o caso do nosso querido Jack Sparrow, ou para os mais íntimos, Johnny Depp. Johnny sempre foi muito bem elogiado nos seus papéis no cinema, em especial aos filmes dirigido pelo seu diretor favorito, Tim Burton.  Piadas a parte com o personagem, o ator, nos últimos anos, vem numa linha tênue onde não conseguia destingir o que era o Pirata Jack Sparrow, da franquia bilionária da Disney, de outros personagens. Uma pena, infelizmente.

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Eis que esse ano surge Black Mass(em tradução livre, Massa Negra), aqui no Brasil, Aliança do Crime. O filme estreia hoje no Brasil e uma coisa fica clara logo na primeira aparição do personagem: Johnny Depp está espetacular!  Além da sua caracterização, que apesar de não ser lá aquelas coisas, impressiona por deixar as cenas mais assustadores. O psicopata que foi o Whitey Bulger é perfeitamente visualizado na tela.

Apesar da perfeita atuação, o filme infelizmente tem seus deslizes, e não consegue cativar o público como realmente deveria. O roteiro é fraco e não agrada em cheio, mas não que o filme seja ruim, mas ele é simplório demais em contar a história dos personagens, é um filme pobre do ponto de vista cimatográfico. O gangster não se sente em momento algum traindo ou sendo delator, para ele não passa tudo de negócios com o FBI, e em uma das melhores cenas, aconselhando seu filho, ele solta a seguinte frase: "Se ninguém viu, então não aconteceu!"

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Mas isso não impede de alguns outros atores brilharem, como por exemplo Rory Cochrane, que interpreta Steve Flemmi, espécie de braço direito do Bulger. E o filme não economiza nas participações especiais que incluem Kevin Bacon e Benedict Cumberbatch, este último um tanto apagado interpretando o futuro senador Bill, irmão do psicopata. A direção do longa ficou a cargo do Scott Cooper, que me fez parecer assistir ao filme do José Padilha por vezes, sua direção não impressiona tanto quanto o seus filmes anteriores, vide Coração Louco, indicado ao globo de ouro em 2010. Mesmo assim ele sabe dominar bem seus atores e personagens, e consegue uma direção consistente.

Apesar de não conquistar como o esperado, a presença e interpretação superior do Johnny Deep é insuperável, fazendo da película algo que não te surpreende como história, mas que te deixa nervoso a cada passo do gangster. Você pode não gostar de Aliança do Crime, mas continuará achando Johnny Depp um ótimo ator, e vejam só, ele realmente é!


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