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Divulgação Warner Bros. |
O filme
Férias frustradas de 1983, com um tipo de comédia um pouco exagerada, mas bem aceita nos anos 80, foi um grande sucesso nos cinemas, possibilitando o lançamento de diversas sequências, incluindo produções para a TV. Trinta e dois anos depois, temos o prazer (?) de relembrar as desastrosas situações em um remake do longa, chegando aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (10 de setembro) e trazendo consigo atores conhecidos do público e das comédias atuais como Ed Helms (Se beber, não case), Chris Hemsworth (Thor), Charlie Day (Quero matar meu chefe) e o casal protagonista do filme original Chevy Chase e Beverly D'Angelo interpretando os pais do protagonista Rusty (Ed Helms). Além de um elenco razoável, temos também John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein, os roteiristas de
Quero matar meu chefe assinando o roteiro e direção do remake. Juntando tudo isso, conseguiríamos uma comédia agradável, certo? Bom...
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A abertura, com diversas fotos antigas e inusitadas de situações familiares nos alerta, ao som de “Holiday Road” por Lindsey Buckingham, que um roteiro de piadas ácidas e politicamente incorretas está por vir. Antes fosse, pois era possível se divertir com as fotos da abertura. Algo que se tornou difícil quando o longa se iniciou de fato.
Nas sequências iniciais do remake, o protagonista Rusty nos é apresentado exercendo sua profissão de piloto de aeronaves numa companhia aérea americana de baixo nível e como pai de dois filhos em um casamento frio e sem novidades com Debbie (Christina Applegate). É então que, ao entender que precisa de algo diferente para salvar o casamento e estabelecer um bom clima na família, Rusty tem a brilhante ideia de levar todos para atravessar o país com destino ao parque Walley World, na Califórnia, onde ele e sua família foram quando adolescente. Em tal ponto, o longa já está sofrível de se assistir com o seu frequente banho de piadas desnecessárias e grotescas onde nem mesmo o bonitão Chris Hemsworth pôde amenizar a situação.
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O roteiro segue basicamente o mesmo trajeto da versão original, o que pode dar um sentimento vanguardista para os que apreciaram a versão dos anos 80 e se divertiram com ela, mas que talvez tenha confundido a mente dos roteiristas, dando a impressão que esquecerem que o novo longa se passa nos dias atuais, trazendo comportamentos, conversas e situações nem um pouco condizentes com uma família em pleno século XXI.
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Alguns pontos conseguem sobressair do constrangimento e provocam risadas honestas do público (ao menos daqueles com um humor mais ácido e negro), como a sequência da moça na estrada com sua Ferrari ou do desastroso passeio a remo ao som de
Without you. Tais momentos não deixaram de causar o sentimento, ao sair do cinema, de alívio.
Férias Frustradas poderia ser uma produção muito superior do que o apresentado se obtivesse um roteiro razoável, aproveitando melhor o elenco regular e removendo o pensamento "Como eles aceitaram fazer isso?". Infelizmente, a frustração foi além do seu título. Agora, nos resta apenas esperar por comédias melhores neste ano.
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