Ted 2 é precipitado, mas rende algumas risadas

Divulgação Universal
Apenas três anos depois do lançamento do filme original, em 2012, chega aos cinemas a continuação da comédia escrachada dirigida, roteirizada e produzida por ninguém menos que o Seth Mcfarlane(Family Guy).

O ursinho "escroto" está de volta, mas agora é diferente. Não tem mais a energia e o carisma do primeiro longa, nem de longe. Ted agora está casado(por mais estranho que possa parecer), e enfrenta um período de crise no romance, mas qual é solução para um casamento em crise?? Um filho, óbvio!(???) A grande questão é que o Ted não é legalmente uma pessoa(claro que não!!), então todos os seus problemas começam por ai. Seu casamento é anulado, seu emprego perdido e seu desejado filho está longe de ser adotado.

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Revivendo os personagens que fizeram sucesso, Seth volta com um roteiro cheio de piadas influenciadas diretamente pela cultura pop, um acerto no longa anterior. A comédia politicamente incorreta percorre toda a metragem, mas não necessariamente empolga. Por vezes o filme se mostra enfadonho e perde um pouco o ritmo. Furos de roteiro nesses filmes já são de praxe, então não sinta-se incomodado com eles, apenas fazem parte de todo esse universo.

O filme não é um total desastre, existem piadas inteligentes e divertidas. Em uma das melhores cenas do longa existe e menção ao filme Jurassic Park que é hilária, ou até mesmo uma briga entre nerd's em plena comic-con. Mas essas poucas piadas não justificam, por exemplo, a volta do vilão do filme passado. O personagem do ator Giovanni Ribisi, o Donny da trama, é completamente desnecessário. Outro ponto que poderia ser positivo, mas acaba causando um efeito contrário, é a adição de cenas musicais no longa. Perde-se o ritmo de algumas passagens e tudo acaba em um grande tédio. Muitos vão se perguntar "Por que eles estão cantando mesmo?"

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Mark Wahlberg e Amanda Seyfried estão no filme, e só! Morgan Freeman e Liam Neeson fazem uma ponta, e só também.

Piadas escatológicas, racistas, sexistas, homofóbicas, e outras tantas são vistas e revistas durante o longa, mas não são realmente engraçadas, apenas algo esquecível e que não passam de um "ok". O grande problema dessa continuação é justamente esse,"A" continuação! O filme não necessitava dela, o público não clamava por uma volta do "urso maconheiro" com uma janela tão pequena de tempo, menos de três anos. A grande questão é que em Hollywood tudo o que é original e faz dinheiro precisa de uma continuação com o máximo de urgência, com medo do esquecimento. Talvez esse fosse a melhor estratégia, esquecer! Agora temos um filme mediano, com uma baixa bilheteria(nos EUA), que causará o real esquecimento do urso politicamente incorreto, infelizmente.

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