Hitman: Agente 47 é bom filme de ação que tropeça no drama

Hollywood anda dominada pelo ócio criativo (ou pela falta de oportunidades aos roteiros originais), e segue lançando reboots, remakes ou sequências a cada semana. Hitman, adaptação paras as telonas de um videogame homônimo, foi lançado em 2007 e foi um tanto detonado pela crítica americana. Eis que nessa nova tentativa, apenas 8 anos mais tarde, a Fox resolve reiniciar a franquia com atores de peso como Rupert Friend (Homeland, Orgulho e Preconceito) e Zachary Quinto (Heroes, Star Trek, American Horror Story) no elenco principal.

A história  é centrada em  Katia (HannahWare), que começa a investigar o seu passado para tentar descobrir a origem de um homem, Litvenko (Ciarán Hinds) e o porque dela posssuir habilidades acima do normal, como o elevado instinto de sobrevivência, que a faz viver sempre fugindo, e no personagem título Agente 47 (Rupert Friend), que é um dos remanescentes do projeto de engenharia genética realizado por Litvenko, que transformou um grupo de humanos em verdadeiros assassinos por natureza.


Katia se mete num verdadeiro fogo cruzado envolvendo John Smith (Zachary Quinto) e o Agente 47, quando em uma de suas fugas guiadas pelo instinto se depara com John, que diz que ela corre perigo e só ele pode protegê-la. A trama segue com boas sequências de ação regadas a muito tiroteio e lutas bem coreografadas, mas tropeça feio na parte dramática que envolve todo o passado de Katia. Sabe-se muito pouco sobre a personagem, e a sua história é trabalhada de forma rasa, tornando todo o drama maçante para o público que só quer ver mais ação e mata-mata.  Mesmo assim,  a atriz Hannah Ware dá tudo de si em termos de carga dramática, mesmo tendo a sua personagem pessimamente escrita. O roteiro , que contempla pouco mais de 90 minutos, investiu pouco em cenas de flashbacks, que poderiam ter trabalhado melhor a história dos agentes.

Zachary Quinto entrega aqui uma performance um tanto duvidosa, que combina com o seu personagem igualmente duvidoso. Chegam a ser repetitivas algumas cenas de luta entre John e o Agente 47, por mais que seja interessante ver o Rupert Friend quebrando tudo, nos fazendo lembrar do seu personagem em Homeland. A propósito, tirando a careca, Rupert não está muito diferente de Peter Quin de Homeland.

O vilão do filme, Le Clerk (Thomas Kretschmann), o líder do sindicato, uma organização que pretende reabrir o projeto dos agentes assassinos, não tem força alguma, o que transforma a aventura dos heróis em um previsível jogo vencido, onde os efeitos visuais assumem o protagonismo, e apenas por isso fazem valer o valor do ingresso.

O longa estreia nesta quinta em cinemas de todo o Brasil.






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