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Divulgação Warner Bros. |
Em 1979, George Miller, com pouco dinheiro e uma ideia genial na cabeça, produziu de forma independente e colocou nos cinemas australianos a ação pós-apocalíptica
Mad Max, com um então estreante, Mel Gibson no elenco. Depois do status de
cult alcançado pelo primeiro filme, vieram logo mais duas sequências
Mad Max: A caçada continua(1982) e
Mad Max: Além da Cúpula do Trovão(1985).
Agora em 2015 o mesmo diretor, no auge dos seus setenta anos, e alguns deles sem ter no curriculum alguma direção notável(pra quem não sabe, George dirigiu os dois filmes do pinguim
Happy Feet), ele trás para as telonas um novo ar pra sua franquia de maior sucesso e notoriedade.
Esqueça os
Vingadores: Era de Ultron com seus milhões de efeitos em CGI. Aqui você estará diante de um filme sujo, insano e magistralmente bem dirigido. Sim, várias cenas CGI acompanham toda a película, mas elas são tão incríveis que você esquece o absurdo que elas possam parecer. O filme tem seu roteiro bem amarrado, apesar da história bem batida, com um mundo já destruído pela própria humanidade.
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Divulgação Warner Bros. |
A busca por petróleo e ganância dizimou os humanos, os que restaram buscam apenas sobreviver neste mundo hostil governado por um tirano:
Immortan Joe(Hugh Keays-Byrne). Ele que detém boa parte das últimas reservas de água, leite e esperança nos humanos. Com isso, ele ganha status de deus entre os sobreviventes. Hugh, também deu vida ao vilão do filme original, mas neste, interpreta algo novo, e não fica atrás do elenco estelar desde capitulo. A maquiagem é incrível e realista, a fúria e raiva em seus olhos é notada em casa cena, espetacular.
Com esse ponta pé, conhecemos Max(Tom Hardy), um ex-policial que busca apenas sobreviver neste mundo caótico. Ele é capturado pelo clã do Immortan Joe e segue prisioneiro, até Furiosa(Charlize Theron) rebelar-se, sequestrando suas esposas, e tentando colocá-las em local seguro, bem longe do tirano.
O grande trunfo, além da direção do Miller, são os seus protagonistas, Max é um personagem de poucas palavras, assim como o primeiro filme, então suas expressões são de imensa importância e o Tom é um excelente ator, um dos melhores da sua geração. Ele consegue transparecer os mais excessivos sentimentos na sua atuação. Hardy se destaca pela suas expressões, mas quem rouba a cena mesmo é a sul-africana, Charlize Theron.
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Furiosa é poderosa, tem força, garra, e é uma verdadeira guerreira. Charlize consegue passar isso com tanta vericidade que apesar de todas as explosões vistas ao longo do filme, conseguimos criar um laço afetivo com a personagem. Queremos com a Furiosa esmague tudo, quebre tudo! Furiosa também tem uma especie de braço biônico, o quão foda é isso? A atriz sofreu mudanças bruscas no seu visual, mas continua magnifica. Ótima atriz, para um ótimo personagem.
Outro que merece seu destaque é o Nicholas Hoult, completamente careca e transformado no Nux. Nicholas tem um personagem interessante, que consegue um desenvolvimento bem interessante na trajetória do longa, além de sua atuação convincente e de ótimo gosto.
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Com direção mais que segura(e muita grana), George conseguiu fazer o filme que sempre quis. Sua direção não é competente, e sim perfeita! Ele conhece aquele mundo com a palma da mão, e parece que agora o fez como sempre sonhou. Seus closes fechados e sua direção em um Road movie é incrível. Tudo bate perfeito, suas cenas de ação são inesquiváveis e seus personagens são incríveis e bem trabalhados. O filme é insano, mas da melhor forma possível! Você vai amar Max, vai idolatrar Furiosa, e vai querer uma versão estendida com quatro horas de duração dessa obra prima! Pode ser precipitado, mas Mad Max é de longe, o melhor filme de ação do ano.
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