A Espiã que Sabia de Menos tenta, mas não consegue

Divulgação Fox Filmes
Paul Feig vem se destacando no cenário Hollywoodiano por trazer em seu curriculum filmes com um temática feminina, e na sua maioria, mostrando mulheres fortes ou sem medo de dizerem o que pensam/sentem.

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No filme que entra em cartaz nesta quinta-feira, ele mais uma vez repete a parceria com sua "queridinha", Melissa McCarthy, com quem trabalhou nos seus sucessos anteriores, como Missão Madrinha de Casamento e As Bem Armadas. Mas infelizmente Paul não consegue repetir o triunfo dos seus bem sucedidos filmes. O feminismo, como todos os filmes do Paul, é bem explorado e a mulher é a peça chave do desenrolar da trama, e isso é sempre um ponto positivo para o diretor.

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Com a temática voltada para espionagem, e provavelmente a primeira aposta do diretor num gênero que exige maior ação, e câmeras mais rápidas, Feig definitivamente não vai bem na sua escolha e acaba não entregando nem uma comédia de qualidade, e muito menos um bom filme de ação. A trama batida, e as poucas piadas exibidas durante a película faz com que A Espiã que Sabia de Menos torne-se um daqueles filmes em que todas as boas piadas resumem-se ao trailer.

Melissa, a queridinha do diretor, interpreta Susan Cooper, uma agente da CIA "nerd", que logo após uma reviravolta no caso acaba virando uma agente de campo. O longa se arrasta do segundo para o terceiro ato com poucas piadas de bom gosto, e Paul infelizmente não é uma boa escolha para filmes de ação. Os personagens não cativam e as diversas reviravoltas no roteiro deixa a trama tediosa e óbvia.
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Nem mesmo o grande elenco consegue deixar o longa um pouco mais agradável. Jude Law está canastrão, e não mostra muito do seu talento. Jason Statham atua com uma espécie de sotaque russo pesado, que poderia agradar, se não fosse as repetidas piadas que o seu personagem acaba preso.

Paul é um ótimo diretor de comédia, e sabe como ninguém falar com o público feminino, mas A Espiã que Sabia de Menos poderia ter passado longe do curriculum do diretor. As reviravoltas nada marcantes e os personagens que em nada cativam, deixam o filme arrastado, e por vezes, sem ritmo. Uma mancha no curriculum do diretor, mas que não deverá comprometer, por exemplo, seu próximo projeto que será Os Caça-Fantasmas, agora formado apenas por mulheres.

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