San Andreas te fará sentir saudades do Roland Emmerich

Divulgação Warner Bros.
Gosta do Roland Emmerich? Aquele diretor de filmes-catástrofes como 2012 e Impacto Profundo, lembra? Exatamente, nesta quinta entra em cartaz Terremoto: A Falha de San Andreas(Nos EUA apenas San Andreas), exatamente igual aos filmes do Roland, só tem um detalhe: Não é ele o diretor! Mas a falta de qualidade e os dramas água com açúcar estão todos lá.

 Terremoto é uma bomba, ou melhor, uma Tsunami de erros ao longo dos seus 110 minutos de duração. Nada funciona no filme, NADA! O filme tem uma trama genérica, e que todos estão cansados de ver: Catástrofes naturais. Dessa vez, a escala não é global, como no filme 2012 do Roland, mas concentra-se apenas sobre a califórnia, onde existe uma falha geológica chamada de San Andreas, onde há um encontro de duas placas tectônicas.

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Tudo é tão clichê e enfadonho que em certas horas a ação que deveria divertir, apenas cansa seus olhos. O mais curioso é que o roteiro foi escrito pelo Carlton Cuse, o mesmo roteirista da série Lost, que por anos fui fã. Cabe aqui minha indignação pelo trabalho, digamos, inferior do roteirista que já admirei por anos.

Além de todos os clichês do gênero, Terremoto tem personagens vazios, chatos e com humor quase sádico. Quem faria piada ou soltaria algum tipo de humor quando se tem destroços e corpos de toda uma cidade debaixo de suas pés? Pois é, existe aqui. Dwayne interpreta um ex-militar que agora trabalha com resgates aéreos, e em uma cena que deveria conter emoções desenfreadas, ele não consegue enxugar uma única lágrima. Outra coisa: Um Ex-militar, que trabalha com resgate, mas que não resgata ninguém, apenas sua própria família. Controverso, penso eu.

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Gostaria de saber quem é o agente da Alexandra Daddario, a garota é linda, e até coloco fé no seu trabalho, mas ela só faz bomba, é incrível! O mais novo Massacre da Serra Elétrica, Percy Jackson...ela não acerta! Carla Gugino é talentosa e extremamente linda, vimos isso recentemente em True Detective, mas aqui, o personagem dela é tão raso que o talento da atriz fica em segundo plano. Quanto ao Paul Giamatti, que é um ótimo ator, me pergunto o que o fez participar dessa pérola, sinceramente.
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Este filme não é do Roland, como antes disso, mas sim do diretor Brad Peyton, que pelo visto deve ter tido suas inspirações no diretor de Um Dia Depois de Amanhã. Brad tenta, mas não consegue, não o culpo tanto, o roteiro é de longe o maior defeito do longa, mas suas tomadas não são empolgantes, e bocejar em pleno terceiro ato de um filme como este é um erro lamentável. O CGI domina o filme, prédios são empilhados e destruídos, onda gigante e blá, blá, blá, nada que você já não tenha visto ou presenciado nos cinemas.

Nunca pensei que falaria isso, mas é uma verdade: Depois de Terremoto: A Falha de San Andreas sinto até saudades das destruições do Roland Emmerich.

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