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FOX Filmes/Divulgação |
Tinha 13 anos quando assisti Uma Noite no Museu (2006) e adorei. A história do guarda noturno vivido por Ben Stiller, que passa a trabalhar no Museu de História Natural em Nova York e se depara com estátuas de cera, esqueleto de dinossauro e todos os objetos do local ganhando vida de forma mágica ao cair da noite, lembra vagamente os clássicos da sessão da tarde de aventura, como Jumanji (1995), mas muito abaixo do nível do mesmo. Falando em Jumanji, Uma Noite no Museu teve vários grandes atores participando da franquia, mas é evidente que depois de Stiller, seu nome mais marcante é o de Robin Williams, protagonista do clássico de 1995 citado e que realiza nesse terceiro filme um de seus últimos trabalhos.
Williams é a estátua de cera do ex-presidente americano Theodore Roosevelt e é o apoio principal do protagonista em todos os filmes, inclusive neste. Depois do fraquíssimo Uma Noite no Museu 2 (2009), passei a pouco me importar e fui a cabine de imprensa sem nenhuma expectativa. Na verdade, meu gosto pelo primeiro se deve muito mais a memória afetiva do que pela qualidade em si. Nesse terceiro filme, é interessante se pontuar o mérito em trazer de volta todo o ar nostálgico e tudo o que deu certo no primeiro filme, incluindo os atores e personagens, até mesmo o trio de amigos vividos por Mickey Rooney (realizando também um de seus últimos trabalhos), Dick Van Dyke e Bill Cobbs, marcando presença em participações especiais.
No terceiro filme da franquia, o guarda noturno Larry Daley (Stiller) viaja para Londres com o filho Nick (Skyler Gisondo, substituindo Jake Cherry), na tentativa de salvar a placa mágica que anima as exposições do Museu em Nova York, que se encontra oxidada, correndo o risco de se danificar para sempre e assim, os objetos não ganharem vida nunca mais. Para tentar salvar a turma, ele precisa pedir a orientação do faraó (Ben Kingsley) que está em exposição no museu londrino.
Uma Noite no Museu 3 - O Segredo da Tumba, traz também novos personagens como o cavaleiro britânico Lancelot (Dan Stevens, da série Downton Abbey) e um dos destaques de Pitch Perfect - A Escolha Perfeita, a comediante Rebel Wilson, como a vigia noturna entediada de Londres e talvez possível sucessora de Stiller na franquia, embora o filme deu a entender que se encerra por aqui (mas vocês sabem como Hollywood é, né?). Também temos a ilustre presença de um ator interpretando ele mesmo e o Rei Arthur ao mesmo tempo, mas é melhor não estragar a surpresa dizendo de quem se trata.
É claro que para ajudar Stiller na missão, o caubói Jedediah (Owen Wilson), o centurião romano Octavius (Steve Coogan) e o presidente norte-americano Teddy Roosevelt (Williams), além do macaco Dexter, de Átila, o Huno (Patrick Gallagher), do Faraó Ahkmenrah (Rami Malek), de Laaa, o Neandertal (Stiller de novo) e Sacagawea (Mizuo Peck) também embarcam na nova aventura. A trama dirigida por Shawn Levy novamente traz algumas boas piadas (e seus clichês) e a temática da paternidade, marcando as falas entre Larry e o filho, que não quer ir para à faculdade e sim, ser DJ em Ibiza, Larry e Laa (que o vê como pai) e Larry e Teddy, fazendo sem querer, uma linda homenagem ao ator que se suicidou em agosto do ano passado.
Diálogos em tom de despedidas fizeram essa que vos fala lacrimejar, por tudo o que Williams representou na sétima arte. Nos créditos, os nomes de Williams e Rooney são lembrados junto com a mensagem principal de que “A magia nunca termina”, marcando o possível fim da franquia de maneira louvável e nos lembrando que o cinema é essa fábrica que simboliza vida e morte e se eterniza.
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