Divulgação/Diamonds Films Brasil |
Depois de um primeiro filme meia boca, cuja única razão para continuar na memória do público é ter sido "o filme de terror do cara de Harry Potter"; A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte surpreende pelo seu amadurecimento, trazido pelo diretor Tom Harper, que não tem nada muito especial em seu currículo, mas mostrou talento no longa de terror.
O filme se passa 40 anos após a visista de Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) a casa Eel Marsh. É o período da Segunda Guerra Mundial e um grupo de crianças evacuado de Londres é enviado à casa para abrigo, supervisionado por Eve Parkins (Phoebe Fox) e Jean Hogg (Helen McCrory), mas lá eles despertam a mais antiga habitante de Eel Marsh.
Phoebe Fox interpreta uma personagem bem construída, com motivação e que possui uma história que acrescenta muito mais a trama do que o protagonista do primeiro filme, interpretado por Daniel Radcliffe. Porém a sua relação com o personagem de Jeremy Irvine, um piloto dos Aliados, é um pouco abrupta, e ele parece surgir na trama apenas para encarnar o galã e ela, a mocinha quase indefesa.
Diferente do primeiro filme, em Anjo da Morte é construída uma atmosfera de terror, ao invés de cenas dispersas de susto. Na verdade, a mitologia da Mulher de Preto cria mais terror do que as aparições dela em si. No primeiro filme, o rosto da personagem surgiu na tela diversas vezes, para criar aquele impacto pela figura macabra; Anjo da Morte cria um espectro no filme, só de saber que ela está lá, já é o bastante para deixar o seu coração levemente acelerado.
A Mulher de Preto 2: Anjo da Morte mostra o amadurecimento tanto técnico da produção, que melhorou em cenários e fotografia; quanto o da trama, que se tornou mais densa e envolvente, mesmo em cenas clichês de susto, é garantido que você vai se assustar. A Mulher de Preto cresceu e, quem sabe, não volta num próximo longa para distribuir mais sustos, pois "ela nunca perdoa, ela sempre volta, não há como escapar da Mulher de Preto".
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