A delicadeza de Orange is the New Black



Para a alegria dos viciados em séries, 2014 está sendo o ano de grandes temporadas- pelo menos para as produções que acompanho. Depois da season finale de Hannibal, eu achava que nenhuma outra seria tão espetacular como aquela. Mas eis que, finalmente, chegou a segunda temporada de Orange Is The New Black surpreendendo tudo e todos.

Este ano Piper amadureceu um pouco, o que foi um ponto positivo para os episódios. Na primeira temporada, ela era um verdadeiro pé no saco, quase ninguém aguentava- nem os espectadores. Mas a patricinha precisou se adaptar para sobreviver. Ela ficou mais esperta e até um pouco mais dura, principalmente tendo que viver na prisão sem Alex Vause (Laura Prepon).


please, doooooon't!
A ausência de Vause foi frustrante por um lado. Se a gente for reparar, parte dos banners de divulgação da segunda temporada tem Laura Prepon, e quando a gente assiste ela aparece em menos de cinco episódios. A personagem de Laura caiu nas graças do público. Tanto é que, quando circulou o boato de que ela não estaria na segunda temporada, o mundo só faltou desabar para os fãs. Talvez seja por isso a grande presença dela nas ações de divulgação. Há uma cena na qual Piper diz para Nick que Alex “tem um poder sobre ela”, mas isso acontece com todo mundo que assiste hahaha. Por outro lado, a pequena participação de Alex foi recompensada com ótimos episódios. A temporada de fluiu muito bem, melhor até do que eu e todo mundo esperava.

Orange continua fazendo jus ao seu slogan “cada sentença, uma história” e deu seguimento ao que acontecia na primeira temporada. A cada episódio, uma prisioneira de Litchfield tinha sua história contada. Todas são emocionantes e delicadas, com certas surpresas como a história de Morello- a moça simpática que dirige aquele furgão estilo o de Scooby-Doo. Quem ganha destaque também é Taystee, que vê seu passado virar presente dentro da prisão.

Todas as prisioneiras são rosas vermelhas que criaram espinhos para sobreviver em Litchfield. E Jenji Kohan toma bastante cuidado ao colher cada uma para contar a história de vida delas. A série não surpreende apenas pela temática, mas também pelo elenco. Há latinas, negras, brancas, trans e idosas- aliás, não subestimem as idosas nessa temporada- todas reféns de um sistema carcerário corrupto. Orange está na frente de qualquer outra produção nesse aspecto por tratar questões de gênero, língua e cor de forma igualitária.

É fato afirmar que a segunda temporada de Orange é melhor que a primeira. Aliás, a euforia faz com que digamos que esta é a melhor temporada de todas. Mas Orange tem muito ainda para mostrar e, pelo nível que está, cada temporada será melhor que a outra. É o que todo mundo espera quando assiste à season finale destruidora de carreiras de roteiristas. É de vibrar e emocionar. É melhor que gol do Brasil em Copa do Mundo.


ahh, cuidado com essa aí!

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