T.O.C - Ainda não foi dessa vez,Tatá!

Divulgação Donwtown Filmes
"Comédia Nacional? Quem assiste essa merda, pow?", esta é uma das frases ditas por um dos personagens no novo filme da atriz e comediante, Tatá Werneck. E tenho que concordar com ele, a comédia nacional cinematográfica do Brasil não anda bem das "pernas", salvo algumas exceções, como o segundo capítulo das desventuras do carismático personagem criado por Paulo Gustavo, Dona Hermínia, em Minha mãe é uma peça 2. 

Em T.O.C - Transtornada, Obsessiva, compulsiva, Tatá interpreta Kika K, sua primeira protagonista nas telonas(ela dividiu esse espaço com Ingrid Guimarães e Suzana Pires em Loucas pra Casar (2015), mas agora contempla 100% do protagonismo neste filme. A decepção do longa não fica com sua protagonista, mas sim, por prendê-la a um roteiro batido e fraco, desenvolvido por Paulinho Caruso(que também dirige) e Teodoro Poppovic. 

Prender uma atriz com tamanha agilidade para o improviso como a Tatá em um roteiro com piadas sem graça, tirando sarro de uma doença psíquica(ao menos fossem inteligentes?!), é definitivamente uma fórmula que não daria certo. 

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A personagem interpretada por Tatá Werneck convive com T.O.C(Transtorno Obsessivo Compulsivo), mas ele é apenas um pequeno pano de fundo para destilar o que mais é absurdo nos meios das celebridades e subcelebridades atuais, como o fã obsessivo(Luis Lobianco), um namoro baseado no marketing(Bruno Gagliasso) e o lançamento de um livro, que cabe dizer, não foi escrito por ela. Daniel Furlan, que vive o par romântico, apesar de mal aproveitado, é o único que consegue escapar do péssimo roteiro e entrega um pouco de improviso em cena. 

Apesar da boa premissa, o que vale no filme são suas cenas improvidas, como o encontro entre Tatá Werneck e Ingrid Guimarães, ou até mesmo alguns personagens não explorados, como o de Bruno Gagliasso ou Vera Holtz. Apesar do esforço dos atores, a falta de improviso, especialidade da protagonista, não é explorado com competência, deixando a produção a mercê de um roteiro sem graça e batido, não é dessa vez que veremos uma Tatá enérgica e fazendo o que gosta e sabe, improvisar!

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