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Reprodução/Facebook Bloodline |
Que atire a primeira pedra quem não guarda um segredo. Seja entre amigos, família ou só para você. Dos criadores de Damages, Bloodline, a nova série original da Netflix que estreou no dia 20 de março, trabalha com uma abordagem acerca de segredos de uma família que tenta mascarar os mistérios para zelar por uma “boa reputação”.
A série, ambientada no clima de veraneio da Flórida, traz em seu
primeiro episódio a volta de Danny (Ben Mendelsohn), considerado a “ovelha negra” dos Rayburn. A família
mantém há anos um negócio local voltado para o turismo e a volta do filho mais
velho causa certa turbulência nas relações familiares. Segredos do passado vão
surgindo como peças de um quebra-cabeça, cuja montagem acontecem ao longo dos
episódios. No entanto, outras peças ainda continuam soltas, pelo menos até o
último episódio que eu vi, o sexto.
Além dos mistérios, os
conflitos familiares abordam temáticas como herança, por exemplo. A matriarca dos Rayburn é interpretada por nada mais
nada menos que Sissy Spacek, que protagonizou Carrie na adaptação da obra de
Stephen King em 1976. O elenco todo é um time de peso, com nomes que já
marcaram presença em séries como Mad Men.
Bloodline é uma série
densa, com momentos eletrizantes e imprevisíveis, mas com algumas partes bem
lentas - isso não é ruim. Mas é preciso ter bastante atenção nos primeiros
episódios para não perder nada. Em alguns momentos, a situação muda de uma hora
pra outra que não dá tempo nem para o espectador respirar. O ritmo da série e
até mesmo o ambiente lembra The Affair, série da Showtime que estreou ano
passado e conquistou o Globo de Ouro de melhor série dramática.
Alguns dos flashbacks
misteriosos são surpreendentes. O final do primeiro
episódio é algo chocante. A situação é tão inacreditável que você fica sem
reação. A série também traz histórias paralelas, inclusive investigações policiais. Enquanto isso, os diferentes segredos entre os irmãos e a irmã vão
se acumulando como uma bola de neve, apesar de algumas deduções que o espectador pode ter.
Bloodline
manteve um bom nível nos seis primeiros episódios e tem tudo para continuar
com a mesma qualidade. Ahhh, e a trilha sonora é um primor à parte, desde a abertura aos créditos finais.
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