[Review] - Horns


Horns, ou melhor dizendo, "O Pacto"(título brasileiro que em nada remete ao filme), tem uma premissa interessante e original, mas infelizmente o roteiro e a direção do novo, porém experiente diretor, Alexandre Aja, não fazem jus a uma obra que poderia tornar-se única do gênero.

A história gira em torno do personagem de Daniel, Ig Perrish, que é acusado de ter assassinado a própria namorada, Merrin(Juno Temple). Mas além de ser perseguido pela imprensa local e ter todos duvidando de sua palavra, o mais bizarro acontece. Ig acorda com chifres em sua cabeça! Logo, ele descobre que com eles, as pessoas passam a revelar os seus maiores segredos.

Com esse contexto, o filme teria tudo para agradar, mas se perde em um roteiro muito auto-explicativo e que deixa as coisas fáceis e ao mesmo tempo confusas demais para o espectador. O humor negro do filme é um ponto forte, mas o horror explorado não é interessante.

Alexandre Aja começou bem sua carreira em filmes de horror, mas perdeu sua credibilidade com fracassos recentes, vide "Piranha 3D". O diretor não faz feio nesta película, mas o excesso de explicações do roteiro deixam as coisas chatas e entediantes. Infelizmente, a direção de Alexandre Aja não deixa a plateia tomar as rédias do filme e interpretar da sua própria maneira, tudo é devidamente explicado, sem necessidade.

Um ponto alto do filme são as atuações. Daniel mostra uma performance impecável, e é provavelmente sua melhor atuação até aqui. Juno Temple está perfeita no papel da vítima de assassinato e par romântico do protagonista. E não esquecendo do Max Minghella, que mostra-se eficiente, mas nada excepcional. Outro ponto a se destacar são os efeitos especiais e a maquiagem do filme, que são realmente fantásticos. Daniel caracterizado de demônio no final do filme é um verdadeiro espetáculo visual.

Horns é um bom filme, original e com atuações incríveis. Apenas se perde na tentativa de explicar demais o bem e o mal dentro de cada um de nós. Mas uma coisa o filme nos ensina bem, ter um par de chifres nem sempre é ruim...  

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